Os 12 municípios da Região Carbonífera vão ratear as despesas com o serviço de transplante de rins, prestado pelo Hospital São José (HSJ). A aprovação já havia sido encaminhada durante a reunião de prefeitos no dia 16, e hoje pela manhã foi aprovada na reunião da Comissão Intergestores Regional (CIR-Carbonífera), que reúne os secretários de saúde dos 12 municípios, mais o gerente regional de Saúde, representando o Estado de Santa Catarina.
As despesas são algo em torno de 30 mil por mês, que deve ser bancada por aproximadamente por um ano, até que o serviço se torne autossuficiente para que a região não perca a especialidade. “Devido a pandemia, o número de transplantes está abaixo do ideal para se manter. Algo em torno de cinco por mês. Então as prefeituras vão bancar para garantir o equilíbrio financeiro e para manter a especialidade na nossa região”, afirma o presidente da CIR-Carbonífera e secretário de Saúde de Orleans, Murilo Debiasi Ferrareis.
O presidente da AMREC e prefeito de Orleans, Jorge Koch, participou da reunião, assim como o prefeito de Cocal do Sul, Fernando de Faveri. “Nossa preocupação é perder o serviço para outra região e evitar que o paciente necessite fazer a chamada ambulanceaterapia. Se não for no Hospital São José, o paciente teria de ser encaminhando para Blumenau”, afirma o presidente da AMREC.
O pagamento do rateio será via Consórcio Intermunicipal de Saúde AMREC (CISAMREC), e o valor do complemento será dividido entre os municípios de forma per capita. Os valores vão ser um complemento ao valor do sus, e eles garantem o sobre aviso dos médicos nefrologistas e urologistas, necessário para o funcionamento da especialidade. Em 2020 a média de transplantes foi de dois por mês, enquanto o ideal seria cinco. No momento são 90 pacientes em acompanhamento. Sendo que na AMREC, apenas o município de Treviso não tem morador em tratamento.