Por maioria, os prefeitos da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (AMREC) decidiram decretar medidas mais restritivas a fim de conter a pandemia de COVID-19. O novo decreto deve valer a partir de quinta-feira (30/07), após ser homologado pelos Secretários de Saúde, durante a reunião da Comissão Intergestores Regional (CIR), quem envolve também representantes do Governo do Estado.
As novas medidas, que terão validade por 14 dias, atingem os serviços de alimentações essenciais, tais como supermercados, mercados, mercearias, padarias, açougues, fruteiras, feiras livres, peixarias, lojas de venda de produtos alimentícios, lojas de venda de salgados, doces, bolos e tortas que podem funcionar das 6h às 20h, de segunda-feira a sexta-feira e sábado até às 12 horas. Domingo fechado. A ida aos supermercados será restrita a apenas um membro da família; os bares, lanchonetes e restaurante fecham nos fins de semana, e funcionam de segunda a sexta-feira até 21h; as academias fecham no sábado e domingo, funcionando de segunda a sexta-feira das 6 até às 20hs; as igrejas permanecem abertas, respeitando o limite de 30% da capacidade. Estão proibidas as festas particulares e familiares; os salões de beleza devem priorizar o atendimento por agendamento. No período noturno está permitido os serviços por delivery, retirada na porta ou drive thru, de segunda-feira à domingo, sem restrição de horário.
Antes de debater o decreto, o diretor técnico do Hospital São José, Rafael Elias Farias, participou de forma remota do encontro, tratando da atual situação, onde apontou que o principal problema é a falta de profissionais para atender os leitos de UTI. Segundo ele, tem quatro leitos que não foram abertos ainda por falta de profissionais, principalmente os técnicos de enfermagem. Além do diretor técnico, os prefeitos de Morro da Fumaça, Noi Coral e de Urussanga, Gustavo Cancelier, também participaram de forma virtual.
Para o Presidente da AMREC, prefeito de Cocal do Sul, Ademir Magagnin, as restrições precisavam ser tomadas e de forma conjunta. “Nós entendemos que deveríamos tomar algumas decisões, restringindo mais nos próximos 14 dias e de forma conjunta. Nós acreditamos que essas medidas vão ao encontro do que precisamos para enfrentar os problemas que estamos enfrentando nas nossas cidades. A população tem nos abordados pedindo mais restrições e é muito difícil para um prefeito tomar uma atitude de fechar um comércio, mas a população precisa colaborar. Vamos cobrar que a população participe também do combate ao coronavírus. Assim como vamos cobrar da população, aumentando a fiscalização. Ela também precisa fazer a sua parte”, declarou o prefeito.