Criciúma recebe esta semana a visita de representantes do Fundo de Financiamento para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata). Eles passarão esta semana junto aos membros da Administração Municipal analisando as questões econômicas, sociais, ambientais e técnicas das obras do Binário da Avenida Santos Dumont, programado dentro do plano Criciúma 2050. Se for aprovado o projeto, o Município receberá do Fonplata o recurso de 17 milhões de dólares, via financiamento, para a realização das obras. “Essa é a primeira vez que Criciúma vai em busca de um financiamento internacional. É um recurso que existe, mas não havia sido explorado, e que agora, com o trabalho da Secretaria de Planejamento e da Secretaria de Infraestrutura, está se tornando realidade. Para conquistar esse recurso nós tivemos que apresentar o projeto ao Ministério do Planejamento, em Brasília, onde conquistamos o nível “A” de aprovação. Pedimos o valor de 34,5 milhões de dólares e eles nos autorizaram a captar o recurso, sendo que somente metade pode ser via fundo internacional. Agora o Fonplata analisa os nossos projetos e levam para a aprovação de seu diretório. Se passar por eles, volta ao Ministério do Planejamento e em seguida assinamos o contrato”, explica o prefeito Márcio Búrigo.
O Binário da Avenida Santos Dumont se desenvolverá da seguinte forma: a Avenida Santos Dumont será transformada em mão única, sentido Próspera/Pinheirinho, iniciando na Avenida Imigrantes Poloneses e rua Miguel Patrício de Souza, que serão duplicadas; já o sentido Pinheirinho/Próspera será realizado pela Avenida Carlos Pinto Sampaio; nos dois sentidos haverá dois elevados localizados onde hoje está o trevo do bairro São Luiz, no cruzamento com a Rodovia Luiz Rosso. Nesses dias em que estão aqui os membros do Fonplata visitarão esses lugares. “Essa é uma missão de ordem técnica, recebemos a solicitação para apoiar o Criciúma 2050 e estamos avaliando conjuntamente a viabilidade do projeto apresentado”, afirma o especialista em projetos do Fonplata, Oscar Carvallo.
Em contrapartida, a Prefeitura de Criciúma precisa investir em mobilidade urbana os outros 17 milhões de dólares solicitados no Ministério do Planejamento e algumas obras já entram nesse montante. “A construção do Parque do Imigrante, a obra da Avenida Assembléia de Deus e tantas outras de infraestrutura que estamos realizando nos últimos dois anos são nossa contrapartida em benefícios de mobilidade urbana. E tudo isso também está sendo apresentado ao Fonplata, pois um empréstimo como esse tem o seu conceito baseado no cidadão e é visto com muita responsabilidade tanto por eles quanto por nós”, enfatiza o prefeito. “No início eram 500 cidades concorrendo ao financiamento do Fonplata e apenas 17 foram classificadas para tentar captar o recurso. Nós somos uma dessas cidades e estamos tratando cada passo com muita cautela para que a nossa cidade seja contemplada com o recurso”, complementa o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico de Criciúma, Jader Westrup.
Texto: Bruna Borges