Urussanga recebe até sexta-feira (10) o V Fórum Catarinense de Gestores Municipais de Cultura, no parque Municipal Aldo Cassetari Vieira. O evento, que recebe cerca de 200 pessoas de 170 municípios e tem o objetivo de proporcionar a integração das regiões catarinenses, além de promover o debate das políticas públicas do setor cultural entre Ministério da Cultura, prefeituras e o governo do Estado. Durante a solenidade de abertura, o representante do Ministério da Cultura e coordenador geral do sistema de Cultura, Pedro Ortale, anunciou que o MinC lançará em junho um edital de para aos municípios que já implantaram o sistema municipal de cultura.
Durante a solenidade de abertura o prefeito de Urussanga, Jhonny Felipe deu as boas vindas aos presentes. O presidente da AMREC, João Reus Rossi, o Juca, disse que os prefeitos devem aproveitar a marcha a Brasília, para aumentar os recursos para os municípios. “Temos muitas obrigações, e nossa fatia do bolo é tão pequena, que muitas vezes só ficamos com as migalhas”, afirmou Juca. O presidente da Fecam, José Caramori, concordou com Juca e criticou a chamada Lei Rouanet. “Desta forma a comunidade não demanda do espetáculo. Este caminho não é justo”, expressou o presidente. A solenidade ainda contou com a presença da presidente da Fundação Catarinense de Cultura, Maria Terezinha de Batim.
“Cultura é uma área desprestigiada”, diz Claudia Leitão
Na conferencia de abertura a ex-secretaria de Cultura do Ceara, Claudia Leitão, falou da sua experiência que lhe rendeu o prêmio Cultura Viva, além de vários dos seus programas estaduais serviu de referencia para o Ministério da Cultura. Segundo ela, “Cultura é uma área desprestigiada”. Durante a sua explanação, Claudia afirmou que o Brasil precisa de planejamento., e que a cultura nos municípios não pode depender só do orçamento da educação. “A Cultura precisa ter orçamento próprio, a educação já tem orçamento muito engessado”. Ela ainda criticou a Lei Rouanet onde as empresas é quem decidem para ondem vai o recurso. Segundo ela, a Lei Rouanet tem recursos três vezes menor que a verba para fundo nacional de cultura. “O estado precisa assumir o seu lugar. Não podemos ficar dependendo da Lei Rouanet, onde bancos e empresas decidem para onde vai o recurso”, criticou afirmando que a indústria musical não precisa dos recursos, e que os recursos precisam ser democratizado.
Depois da palestra, Cladia fez o lançamento do seu livro, Cultura em Movimento, onde fez sessão de autografo.