Ação do clima
resultou em prejuízos a famílias e ao patrimônio público. Regiões da Grande
Santa Luzia, Quarta Linha e o Condomínio Industrial Realdo Santos Guglielmi
foram as mais afetadas
As intempéries
climáticas dos últimos três dias produziram estragos e transtornos em alguns
pontos do território criciumense. A sequência de fatos levou o prefeito Márcio
Búrigo a decretar, no início da tarde desta segunda-feira (13), situação de
emergência na região da Grande Santa Luzia e nos bairros Laranjinha e Quarta
Linha, áreas mais castigadas pela ação das chuvas e vendavais. Informações do
instituto Epagri/Ciram dão conta de que o acumulado estimado de precipitação
chuvosa de sexta (10) a domingo (12) chega a aproximadamente 200 mm.
O decreto se
restringe às três localidades e vale por 90 dias. Um relatório com informações
e fotos foi encaminhado pela Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil
à Secretaria de Estado da Defesa Civil. A partir da formulação deste documento
e a análise dos prejuízos, serão disponibilizados materiais de construção e
mantimentos para as pessoas afetadas. "Ficamos muito tristes pela necessidade
da decretação, mas essa decisão acaba produzindo fatos que vão contribuir para
a diminuição das avarias das famílias, que vão receber materiais e mantimentos
e, em um segundo momento, possivelmente poderão retirar o FGTS", justifica o
prefeito.
Moradores do bairro
Quarta Linha foram surpreendidos, nesta madrugada, pelos alagamentos
consequentes do grande volume de chuvas que incidiu com maior contundência a
partir das 23h10 deste domingo (12). Cerca de 300 moradores de cinco ruas
tiveram de sair temporariamente das próprias residências. Profissionais da
Defesa Civil Municipal, da Subprefeitura da Quarta Linha e do Corpo de
Bombeiros prestaram os primeiros atendimentos.
Ainda na noite de
domingo (12), uma ponte que conecta o bairro Laranjinha ao Condomínio
Industrial Realdo Santos Guglielmi cedeu. O prefeito Márcio Búrigo esteve no
local, que também foi vistoriado por engenheiros da Secretaria do Sistema de
Infraestrutura, Planejamento e Mobilidade Urbana, durante esta segunda-feira
(13).
Assistentes sociais
do Município de Criciúma estiveram na região afetada do bairro Quarta Linha e
na Grande Santa Luzia para reunir dados com o objetivo de fazer um levantamento
do prejuízo de cada família. "Temos um grupo preparado para receber esses dados
e a determinação do governador para fornecer o auxílio necessário no tempo mais
rápido possível. Vamos ceder telhas para os que perderam parte da cobertura das
casas, além de itens básicos de assistência humanitária a quem mais precisar,
como colchões, materiais de limpeza e cestas básicas", disse o coordenador
regional Sul da Defesa Civil do Estado, Rosinei da Silveira.
Orientações para o
dia seguinte
Ângela Mello alertou
os moradores de casas alagadas para cuidados necessários no retorno. Segundo
ela, há a possibilidade de animais peçonhentos, levados pelas águas, aparecerem
nos cômodos. A precaução fundamental, no entanto, é com a saúde. "Todas essas
pessoas andaram na água contaminada. Qualquer sintoma, portanto, deve-se
procurar a unidade de saúde mais próxima. No caso de aparecer cobras, acionar o
Corpo de Bombeiros para evitar acidentes", disse.
Prováveis agravantes
ao temporal estão em investigação por uma equipe da Fundação do Meio Ambiente
de Criciúma (Famcri) em conjunto com a Coordenadoria de Proteção e Defesa
Civil. "O acontecido na Quarta Linha foge à normalidade. Vamos averiguar os
reais motivos para o alagamento. A água chegou a ficar acima da linha da
cintura e os bombeiros precisaram utilizar barcos para tirar pessoas das
residências", relatou.
A Defesa Civil de
Criciúma está 24 horas à disposição do cidadão através dos telefones 199 e
9164-5298.
Mais
informações:
Angela Mello – 9164-5298
Texto e fotos: João Pedro Alves
Diretoria Executiva de Comunicação – 9162-8993 e 3431-0038
www.criciuma.sc.gov.br