Nessa quarta-feira (28), 16 profissionais da Associação Feminina de Assistência Social de Criciúma (Afasc), dentre eles a coordenadora do Departamento de Educação Infantil (DEI), orientadora pedagógica, psicóloga, assistente social, nutricionistas e oito diretoras, participarão do simpósio Abordagem Pikler Loczy – Um olhar cuidadoso, em Porto Alegre. O intuito da participação é fortalecer estes princípios, no encontro que será ministrado por Anna Tardos, filha de Emmi Pikler, e outras profissionais do Instituto Pikler Loczy, de Budapeste.
A abordagem Emmi Pikler está sendo adaptada em dez Centros de Educação Infantil (CEIs) da AFASC, como projeto piloto. A coordenadora do DEI, Elen Marcelino Jaques, afirma que a escolha de dez CEIs foi feita para que a equipe possa dar mais atenção aos espaços a serem criados nas salas, assim como a formação das educadoras e a conscientização dos pais. "A meta é que com esta experiência a abordagem possa ser ampliada nos 18 CEIs restantes", enfatizou.
A orientadora pedagógica do DEI, Aladir Pereira, reforça que a ampliação será de forma gradativa. "Não podemos dizer que vamos fazer um trabalho como no Instituto Pikler Loczi, mas vamos aplicar alguns princípios desenvolvidos por Emmi Pikler, pois entendemos que as diferenças culturais devam ser respeitadas", salientou. Quanto ao simpósio, ela garante que será uma experiência única para este novo olhar sobre Educação Infantil.
A abordagem Emmi Pikler, voltada para crianças de zero a três anos, é pouco conhecida no Brasil e começa a dar os primeiros paços. Aladir explica que na abordagem, os pequenos são livres para rolar, engatinhar e andar pelo chão, em uma sala ampla, sem berços e mesas que impeçam seus movimentos livres e seguros, respeitando a individualidade de cada criança. O método nasceu na cidade de Budapeste, na Hungria, após o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1946, quando abrigava órfãos e crianças abandonadas de zero a três anos.
Esta abordagem, segundo a orientadora, se baseia em quatro princípios. O primeiro é o respeito que a educadora deve ter com a criança na hora da higienização, da alimentação e na hora do sono. O segundo princípio é o valor da autonomia, onde a educadora tem o papel de motivar e levar a criança, desde bebê, a descobrir o prazer de agir livremente. O terceiro, é a relação de afetividade entre criança, educadora, e outras crianças. O quarto princípio refere-se à necessidade de oportunizar às crianças a consciência de si e do seu ambiente. "O resultado deste conjunto aplicado são crianças confiantes, calmas e felizes, promovendo um desenvolvimento amplo e natural", complementou.
A equipe da Afasc viaja na madrugada de quarta-feira, participa do simpósio e retorna no fim do dia.
Mais informações:
Elen Marceli Jaques: 8864.8958
Texto e fotos: Jussi Moraes (JP 3733 SC) – 8865.3254
Gerente de Comunicação Afasc