Mina de Visitação Octávio Fontana completa 150 dias nesta segunda-feira

A indústria carbonífera ajudou a transformar Criciúma de pequena cidade do Sul em uma das grandes potências de Santa Catarina. Passaram-se os anos e a extração do carvão mineral deixou de ser o carro-chefe da economia do principal município entre Florianópolis e Porto Alegre. Porém a História tornaria novamente o ouro negro importante para a identidade e a valorização da cidade, desta vez pelo viés do Turismo, através da Mina de Visitação Octávio Fontana. O ponto turístico completa 150 dias nesta segunda-feira (26) celebrando muito sucesso.

O espaço de 15 mil m² localizado no bairro Naspolini abrigava a antiga Mina São Simão. A produção exauriu no meio da década de 1990 e quase 15 anos depois ficou definida, após estudos, como a área ideal para se tornar o novo ponto turístico de Criciúma. A inauguração ocorreu em 28 de outubro do ano passado e, após quase cinco meses, mais de 8 mil pessoas foram conhecer a Mina de Visitação.

Gente de todas as regiões do Estado, de diversos estados do Brasil e até do exterior passaram pelo lugar que conta um pouco da história do desenvolvimento de Criciúma e sobre a difícil vida dos trabalhadores do setor. "Aos fins de semana e feriados, vem muitos turistas, principalmente de Criciúma e das cidades vizinhas. Durante a semana, ao longo do ano deveremos receber pelo menos 12 mil crianças da rede municipal e grupos de idosos da Afasc. Já vieram muitas turmas de estudantes", conta o diretor de Turismo da Fundação Cultural de Criciúma, Ismail Ahmad Ismail.

Os próprios criciumenses e moradores dos municípios ao redor demonstram interesse em conhecer uma mina de carvão. A dona Albertina Goulart de Souza nasceu em Criciúma e neste domingo (25) trouxe um grupo de familiares de Porto Alegre, onde mora há quase 30 anos e Capão da Canoa. "Peguei meu filho e vim na semana passada. Hoje todo mundo saiu de manhã do Rio Grande do Sul para vir conhecer a Mina. Eles ‘enlouqueceram' com o trenzinho e as galerias", conta.

Somente neste domingo, contando com a "turma" da dona Albertina, 291 pessoas embarcaram na réplica de uma locomotiva alemã de 1922 para a incursão pelas galerias, onde viram de perto o carvão nas paredes. "Durante oito anos, eles nunca vieram para cá. Uma vez só fomos ao Centro, onde os levei para a igreja e a praça, porque era só o que tinha para mostrar. Eu me orgulho muito disso daqui e tenho certeza de que esse momento vai ficar na história deles, principalmente do meu neto", ressalta.

Durante a viagem por dentro das galerias, o turista passa por oito estações que narram a religiosidade, as ferramentas, os modos e locais de trabalhos dos mineiros. Antes de embarcar no trenzinho, os visitantes passam pela casa, onde uma lojinha montada pela Afasc oferece uma série de produtos artesanais e souvernirs.

A entrada definitiva de Criciúma no roteiro turístico de Santa Catarina, para o prefeito Clésio Salvaro, é fundamental para a cidade crescer ainda mais. "Temos que nos preparar para essa indústria que não tem crise que é o turismo. Através da Mina de Visitação, já estamos recebendo pessoas de diversos lugares que começam a perceber uma cidade diferente", acredita o chefe do Executivo Municipal.

O público visitante da Mina não tem idade. De crianças até os mais idosos se interessam pelo local. Como conseqüência, nota-se a presença de muitas famílias. Caso do trabalhador do setor de extração de carvão Geovânio Machado. O furador de teto da Cooperminas prepara as galerias dando segurança aos colegas que vão retirar o carvão, em Forquilhinha. Ele trouxe a mulher, Michele e o filho Patryck para saber um pouco sobre o trabalho dele. "Muitos colegas já vieram e disseram que é muito legal. Por isso resolvi trazer os dois", conta.

Octávio Fontana
A Mina de Visitação leva o nome de Octávio Fontana em homenagem ao antigo empreiteiro da Mina São Simão. O empresário, além de ter sido concessionário para extrair carvão do local, nasceu no bairro Naspolini. Nascido em 25 de setembro de 1926, casou-se com Beatriz Philomena de Noni aos 27 anos, com quem viveu até o fim da vida, em 5/10/1988. Com ela, teve seis filhos: Fiorindo, Maria Luiza, Carmen Luzia, Luiz Carlos, Albertina Raquel e Maria Dolores.


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