Saúde promove 1º Fórum de Saúde Mental

Paciente do Centro de Atendimento Psicossocial de Criciúma (CAPS), Leonardo da Silva Rosa, 17 anos, está se recuperando de dependências químicas. Usuário desde os 12 anos, ele declara que depois que começou a frequentar o CAPS tem visto transformações em sua vida. "Meus pais estavam quase se separando por minha causa, então resolvi procurar ajuda. O CAPS me deu uma nova chance. Pensei! Se eu não me ajudar, quem fará isso por mim?", revela o jovem que já faz planos. "Quero trabalhar e recuperar o tempo que eu perdi", completa.
Com o objetivo de amplificar a discussão de atendimento para atender maiores parcelas da sociedade, no Dia Nacional de Luta Antimanicomial, a secretaria do sistema de Saúde de Criciúma, com apoio do curso de Enfermagem da Unesc, está realizando hoje (18), o 1º Fórum Municipal de Saúde Mental. O evento está ocorrendo no Auditório Ruy Hülse, da Unesc, com a presença dos usuários dos CAPS, profissionais de Saúde Mental de Criciúma e região e alunos do curso de Psicologia.
Na abertura do evento, usuários e profissionais apresentaram uma dramatização baseada em fatos reais de uma pessoa que convive com prolemas mentais. O tema da palestra foi sobre "Saúde Mental da região carbonífera – avanços e desafios", com a coordenadora regional de Saúde Mental, Rosilene Alves Brasil.
O secretário do sistema de Saúde, Sílvio Ávila Júnior, lembrou que há 20 anos essa luta pelas pessoas que precisam de uma melhor assistência ainda continua. "É muito grande a capacidade que os usuários possuem. São eles que mais nos ensinam pela vontade que têm de viver. Estamos trabalhando muito para melhorar a condição de vida a todos que merecem", enfatiza Júnior.
Para o coordenador municipal de Saúde Mental, Denilson Rodrigues, o significado do Dia contra a Luta Antimanicomial é muito importante. "É um dia de reflexão em nossas vidas e de condução de políticas públicas de saúde.Temos dificuldades na caminhada e muito para conquistar", avalia Rodrigues.
O presidente da Associação de usuários, familiares e profissionais, Sidnei Sampaio, declarou que a data é para divulgar a Saúde Mental, lutar contra o preconceito e reinvindicar uma assistência melhor à população.



CAPS
Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) surgiram em 2001, com o objetivo de substituir a internação em hospitais psiquiátricos. Os CAPS são serviços de saúde municipais, abertos, comunitários, que oferecem atendimento diário.
Em Criciúma existe um CAPS II, um CAPS II AD e um CAPS III, com cerca de 520 pacientes no total e em breve o CAPS Infantil que atenderá crianças e adolescentes que se encontram em situação de risco e vulnerabilidade social, portadoras, em muitos casos, de doenças mentais.


Mais informações: Denilson Rodrigues: 8411.0628
Texto: Morgana Réus
Fotos: Fran Lima
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