Criciúma em estado de alerta contra sarampo
Mesmo extinta do Brasil desde 2000 o Sarampo é uma doença que ainda assusta e preocupa, já que muitos casos importados continuam sendo registrados. Este ano, foram diagnosticados dois casos da doença no Pará, três no Rio Grande do Sul e esta semana um caso suspeito, em Videira, que deixou o Estado de Santa Catarina em alerta.
Desde agosto, técnicos da vigilância Epidemiológica de Criciúma, estão monitorando casos de doenças equizantemáticas em Criciúma, ou seja, que causam algum tipo de lesão na pele como, vermelhidão e coceira. De acordo com o gerente de vigilância em Saúde, Paulo Hansen, de janeiro até agora, 51 casos foram notificados, mas em nenhum deles, foi confirmado o sarampo. "Foi feito o bloqueio vacinal nessas pessoas que apresentaram algum tipo de lesão na pele para prevenir o sarampo que sempre é acompanhado de febre alta, o que não aconteceu nesses casos", disse Hansen acrescentando que as pessoas que conviverem com esse indivíduo que não foi vacinado, também devem receber a vacina a partir de um ano de idade.
Conforme ele, para efeito de bloqueio vacinal, as crianças com um ano de vida recebem a tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), mas ao longo de sua vida, devem fazer a vacina de rotina – feita até os 49 anos. "Se houver casos de bloqueio vacinal com quem ainda não se vacinou, essas, devem receber a imunização. A vacina está disponível na rede pública para todas as crianças a partir de um ano. Todas as unidades de saúde já estão orientadas", ressaltou Hansen. Para confirmação do sarampo ou rubéola, uma avaliação é feita com exame de sangue. A eficácia da vacina é de 95%.
A doença
A doença é transmitida através da via respiratória de pessoa para pessoa. A transmissão pode ocorrer no início ou em até 15 dias em contato com o indivíduo infectado. Febre alta, tosse rouca e persistente, coriza, conjuntivite e fotofobia (medo de luz) são alguns dos sintomas. Manchas brancas na mucosa da boca (que são diagnósticas), também surgem. Após isso, são diagnosticadas manchas avermelhadas na pele, inicialmente no rosto e progredindo em direção aos pés, durando pelo menos três dias e desaparecendo na mesma ordem de aparecimento.
Mais informações: Paulo Hansen: 9994 2477
Texto: Morgana Réus
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