Teste da Orelhinha será fornecido pelo Município
Um dos sentidos mais importantes para o desenvolvimento completo da criança é a audição. É através dela e da experiência que as crianças têm com os sons ainda na barriga da mãe que se inicia o desenvolvimento da linguagem. Qualquer perda na capacidade auditiva, mesmo que pequena, impede a criança de receber adequadamente as informações sonoras que são essenciais para a aquisição da linguagem.
Para diagnosticar precocemente a surdez, será iniciado na próxima semana o Programa de Triagem Auditiva Neonatal Universal, realizado pela secretaria do sistema da Saúde, em parceria com os hospitais São José e Santa Catarina. Conforme a fonoaudióloga Daniela Burtet Machado, os agendamentos para esse novo serviço iniciaram na sexta-feira (9).
O teste, conforme diz a fonoaudióloga, será realizado no hospital Santa Catarina. "O agendamento já será feito, assim que o bebê receber alta do Hospital São José. Com dia e hora marcados, os pais deverão levar a criança até o hospital para realizar o exame que vai durar, em média, de 5 a 10 minutos, totalmente gratuito para usuários do sistema único de saúde", comentou a fonoaudióloga acrescentando que o exame não dói e não machuca. "Realizaremos 60 testes, duas vezes por semana. Somente fará o exame, quem estiver previamente agendado. A mãe que não conseguir chegar no horário deverá entrar em contato com o hospital", ressaltou.
Segundo Daniela, o exame consiste na colocação de um fone na orelha do bebê, o qual é acoplado a um aparelho que emite sons em forma de clic e recolhe as respostas que a orelha interna (CCE) do bebê produz.
Segundo o secretário do sistema da Saúde, Silvio Ávila Junior, o teste é importante para detectar, precocemente, a surdez. "Não temos dados de quantas crianças apresentam esse problema, no município, mas, a partir de agora, com esse programa, vamos conseguir detectar e trabalhar preventivamente", comentou. Ele mencionou que serão feitos os exames, somente, em crianças que nascerem nesses dois hospitais.
Exame
No Brasil, em média, 5% dos Municípios oferecem esse tipo de trabalho, de acordo com a fonoaudióloga. A mesma explica que se caso o resultado for alterado, primeiramente será realizado um Reteste, e se permanecer a alteração será encaminhado para bateria de exames e adequado tratamento.
Daniela explica que 50% dos casos de deficiência auditiva soa provenientes de fatores de risco como: doenças durante a gestação, histórico genético de deficiência auditiva, má formação do feto, permanência em UTI por mais de 48 horas e algumas síndromes. Os outros 50% são aleatórios. "O teste da orelhinha é fundamental ao bebê, já que os problemas auditivos afetam a qualidade de vida da criança, interferindo no processo de aquisição da fala, entre muitas outras coisas", finalizou.
Dicas
0 a 6 meses
O bebê se assusta, chora ou acorda com sons intensos e repentinos. Reconhece a voz materna e procura a origem dos sons.
6 a 12 meses
Localiza prontamente os sons de seu interesse e reage a sons suaves. O balbucio se intensifica e reconhece seu nome quando chamado.
12 a 30 meses
Vai do início da primeira palavra (papai) até o uso de sentenças simples (dá bola). Lógico que ainda é cedo, mas nunca incentive o filho a falar errado só porque soa bonitinho. Se ela diz que o papai chegou de ‘calo', corrija naturalmente dizendo que ele chegou de carro. O estímulo à pronúncia correta é fundamental no aprendizado.
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Mais informações: Daniela Burtet Machado: 8428 0872