Inclusão leva lição de vida à sala de aula
Acordar cedo, tomar café, vestir uniforme e correr para a escola. Esta é a rotina de milhares de pequenos criciumenses. Tarefa que para alguns, tem um sabor especial. Pequeninos como Milena Pereira Cipriano. A garotinha de apenas quatro anos é uma das beneficiadas com um programa desenvolvido pela Afasc e que garante a inclusão de crianças especiais em turmas da chamada educação regular. "Ela adora ir para escola e conviver com as outras crianças. Sua maior alegria é estudar e brincar", enfatiza orgulhosa Maria de Lurdes Cipriano, mãe da serelepe Milena.
Ela conta que só soube que a filha teria Síndrome de Down após o parto. "Apenas depois que minha filha nasceu, fiquei sabendo que ela seria excepcional. O primeiro e grande passo que dei, foi aceitá-la e amá-la. Milena, para mim, é meu tesouro e meu grande presente. Cuido dela igualmente como cuido de meus outros filhos, claro que com alguns cuidados especiais, mas sem diferenciá-los", ressalta a mãe.
A inclusão é um conceito defendido por muitas pessoas. Difícil encontrar quem se oponha à convivência de crianças com algum tipo de deficiência com outras de sua idade, tanto para o desenvolvimento social e educacional quanto para a diminuição do preconceito. Nos CEIS AFASC do Município, existe uma diversidade de crianças com deficiências que convivem em perfeita harmonia com as demais.
Segundo a coordenadora adjunta do Departamento de Educação Infantil, Letícia Vieira, o principal objetivo com relação a essas crianças é trabalhar a socialização com o grupo. "As professoras são orientadas a realizar atividades com as outras crianças sobre a inclusão, para que estas não apontem diferenças e aprendam que os coleguinhas que possuem deficiências são normais como elas e não devem ser tratadas com indiferença", destaca.
Gabriel de Oliveira Antunes, possui deficiência física, e estuda na mesma escola de Milena. O pequeno e sorridente garoto, não tem a mão esquerda. Perguntado qual a sua brincadeira favorita, ele responde imediatamente: "brincar de bola. Jogar futebol, claro". O pai Jairton Antunes conta que conversa muito com ele. "Gabriel é um menino muito querido por todos. Tem algumas dificuldades, como pegar as coisas, mas isso não o impede de conviver com as outras crianças e realizar as suas atividades", declarou Antunes.
A diretora pedagógica da instituição, Vanusa Martins Silva Ramos, diz que a aceitação por parte dos pais é fundamental e que as professoras e a escola estão cumprindo o seu devido papel. "É interessante ver a própria aceitação das crianças. Em uma atividade realizada pela professora do Gabriel, ela pediu para que os alunos desenhassem o seu corpo humano. O Gabriel desenhou, igualmente, como ele é sem uma mãozinha. Isso mostra a integração entre as crianças, participando das mesmas atividades", afirma Vanusa.
Vanusa também salientou que a escola é o lugar onde as gerações se encontram e se relacionam. Os que possuem alguma deficiência também têm esse direito, sem exceção. Alguns com as suas peculiaridades, mas todos são olhados de maneira igual. Os professores passam por capacitações constantes, ministradas pelos profissionais da APAE, o que os possibilita a entender e aplicar melhores técnicas com todas as crianças.
Mais informação:
Afasc: 3445.8950
CEI: 3445.8979