Criciúma: Mortalidade infantil preocupa profissionais da saúde

Mortalidade infantil preocupa profissionais da saúde

ζ, Fernando Luiz Fortunato e Marielza Antunes Fortunato. O filho do casal, que se chamaria Artur, morreu após o parto. "Ele teve má formação no canal da uretra o que bloqueou a saída da urina e fez a bexiga encher", explica Fernando. Ele afirma que o casal manteve a esperança até o úlltimo dia. "Sabíamos desse problema por causa do ultra-som, porém tínhamos esperança", destaca o pai, que ainda luta para se recuperar do trauma "Pior que eu, está a minha mulher que o carregou por nove meses", destaca.

Marielza e Fernando fazem parte de um quadro preocupante no Município. "O número de óbitos infantis em Criciúma ainda é elevado se considerarmos o porte de saúde do Município", destaca o membro do comitê de prevenção à mortalidade infantil, Maria Rocha. Ela informa que em 2008, ocorreram 35 mortes, em 2009, 33. E, segundo avaliação do Comitê, a maioria dos óbitos é evitável. "Este é o motivo de estarmos preocupados", informa.

Segundo a responsável, na secretaria do sistema da Saúde, pelo SISPRENATAL (Acompanhamento do Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento), enfermeira Cecília Marly Spiazzi dos Santos, a baixa freqüência no pré-natal é um dos principais fatores para estas mortes. Marly ainda afirma que em casos de gravidez de alto risco, a gestante é encaminhada para um serviço especializado. "Estamos buscando cada vez mais aumentar e ampliar a captação de gestantes para reduzirmos os índices de mortalidade neonatal e materna", destaca.

Dados do Ministério da Saúde informam que número de mortes maternas e infantis vem caindo nos últimos anos. De 2000 a 2004 houve uma redução de 15,9%. Em 2005, na região sul do Brasil, a cada mil nascidos, morreram 13,9. O ministério prevê que esta taxa, neste ano, seja reduzida para 11 mortes, a cada mil nascidos e em 2025, esse número cai para 5,6.

Em Criciúma, uma das propostas defendidas pelo prefeito é a criação de metas para o sistema de Saúde. A ordem é reduzir o número de mortes de recém-nascidos. "Vamos criar um incentivo para que todos os funcionários do sistema de saúde se empenhem nesta tarefa", comenta.


Mais informações:
Texto e Foto: Lucas Colombo

Diretoria Executiva de Comunicação: 3431.0027 ou 9162.8993