Famílias retornam para casa
As cerca de 20 famílias dos bairros Sangão, Quarta Linha, Monte Castelo, Vida Nova e Vila Francesa – que estavam abrigadas no ginásio municipal de Criciúma – já estão retornando para suas casas. "Estou muito abalada, ainda, pelo que aconteceu, mas agora vamos ver o que nos restou para reconstruirmos", afirmou Maria do Carmo Bittencourt, 49 anos, moradora do bairro Monte Castelo. Ela ficou emocionada com a ajuda recebida, principalmente, de suas colegas de trabalho. "Só tenho a agradecer pela ajuda do governo e da comunidade que doou muitas coisas. Aqui não passamos fome e dormimos muito bem", ressaltou Maria.
Segundo a responsável pela Coordenadoria da Defesa Civil de Criciúma (Comdec), Ângela Mello, o governo está disponibilizando o transporte para as famílias. "As pessoas estão levando as doações que receberam", explicou.
Apenas, a família de Jonas Santos da Silva, morador da Quarta Linha, ficará alojada no ginásio. "Iremos hoje, juntamente com o pessoal da Defesa Civil, ver a situação da nossa casa, mas o telhado está quase desabando e por isso vamos ficar por aqui", informa.
Ângela informa que o governo auxiliará a família no que for preciso. "O lema de todas as secretarias envolvidas e do governo é lutar pela integridade de todos", ressalta.
Histórias da enchente
Quando a natureza demonstra sua força, as solidariedades das pessoas ficam evidentes. Histórias como a de Vanessa Alves de Souza, 27 anos, merecem ser contadas. Ela ajudou seus vizinhos a levantarem os móveis, além de ter contribuído para o salvamento de Sandra Maria da Silva, 33 anos. "Eu tinha passado, recentemente, por uma operação e estava no sofá quando a água começou a entrar em minha casa. Não tinha como sair, tive que ficar no sofá. A Vanessa levantou os móveis e foi atrás de ajuda, até que conseguiram um bote com um vizinho e me tiraram da casa", explica Sandra.
Vanessa ajudou, também, outro morador que foi retirado pelos bombeiros com hipotermia. "A água estava pelo pescoço, fui chamando ajuda, até que conseguimos tirar a Sandra e o seu Idalino. Uma hora – como não conseguia saber onde pisava – cai em uma boca de lobo, sorte que consegui nadar e sair", conta ela, que está voltando, junto com as famílias, para a sua residência, na rua 107 do bairro Sangão. "Não imaginávamos que aqui no abrigo receberíamos tanto carinho e atenção. Temos só a agradecer", completa.
Mais informações:
Ângela Mello: 9164.5298
Fotos: Lucas Colombo
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