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Adolescentes debatem prevenção e saúde nas escolas

A saúde de forma preventiva nas escolas foi tema da segunda edição do seminário promovido pelo sistema de Saúde em parceria com o sistema de Educação de Criciúma, na manhã desta terça-feira (30), no auditório da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec). Por meio do Programa de Atenção Municipal as DST/HIV/AIDS (Pamdha), palestrantes que falaram sobre a importância de explicar sobre DST/HIV/AIDS para os adolescentes.

Conforme o psicólogo do Pamdha, Eduardo Custódio Borges, que trabalha diretamente com os jovens soropositivos, é importante que as duas secretarias caminhem lado a lado para que os adolescentes sejam atingidos como um todo. "Na Educação e na Saúde se justifica falar sobre HIV, porque podemos conviver com as pessoas que tem o vírus. Na verdade não é olhando para as pessoas que saberemos quem é portador ou não", relata ele ao destacar que atualmente quase todos os colégios têm alguém que possui HIV, mas não sabe", relatou Borges.

O seminário abordou tudo o que foi apresentado em sala de aula para a estudante Jéssica Felisberto de Souza,de 13 anos. dentro do projeto Consciência na Adolescência (CA). "É através destas trocas, que aprendemos que qualquer pessoa pode ter contato com um portador de HIV. Muda a nossa visãoem relação à doença. Entendemos que podemos sim estar junto levando uma vida normal utilizando apenas os remédios necessários", disse a adolescente.

Segundo o psicólogo, o projeto CA tem seguido sua finalidade que é reduzir a falta de conhecimento dos estudantes e contribuir para promoção da saúde. "O caminho é esse temos, temos que discutir mesmo. Acredito que em um futuro próximo conseguiremos atingir um número grande de adolescentes e difundir melhor esta questão. Hoje, por exemplo, acredito que estes adolescentes já perceberam que o HIV tem várias formas de contaminação, não sendo apenas aquelas que são divulgadas sempre", disse Borges.

Além de ter que conviver com a doença, o uso continuo dos antiretrovirais (ARVs), tem causado a lipodistrofia, que se caracteriza nos níveis de colesterol e triglicérides (dislipidemias) e na distribuição de gordura corporal, levando a um acumulo no abdome, costas, pescoço e nuca e a perda nos braços, pernas, região glútea e face.

É possível conviver com a doença

Quando a família está ao lado do portador do vírus HIV, tudo fica mais fácil, na avaliação do adolescente João Vitor Matildes. Ele acredita que a sua estrutura familiar ajuda muito a conviver com os sintomas da doença. "Eu tenho uma vida normal, estudo e não esconda das pessoas que tenho HIV. Não saiu contando para todos, mas meus amigos próximos sabem que eu tenho", ressaltou.

Para Michele Cunha, de 20 anos, é possível namorar, fazer curso e todas as outras coisas que uma pessoa sem a doença faz, mas, segundo ela, o maior problema está nas medicações. Michele começou o tratamento após os dez anos de idade, quando foi morar com a sua avó. "O médico me liberou durante quatro anos de utilizar os medicamentos, mas durante este período fazia exames todos os meses para saber como estava minha imunidade. Depois que minha saúde começou a ficar mais debilitada", contou a jovem.

Juliana Leoni soube que era portadora quando sua mãe estava no leito de morte. Na época, sua mãe contou que pegou o vírus do pai já falecido. Hoje, com 15 anos de idade ela convive com a doença ao lado da irmã gêmea que não possui o vírus. "Eu sempre ia ao médico, foi em uma destas idas que conheci o Eduardo (psicólogo do Pamdha) e fui convidada por ele para participar do grupo. No começo senti medo, pois achei que iria lidar com muitas pessoas desconhecidas, mas depois vi que na verdade não era só eu que tinha HIV. Hoje estou muito bem frequentando este grupo no qual fui muito bem acolhida", enfatizou Juliana.

 

Mais informações:
Eduardo Borges/34458730
Texto e fotos: Milena dos Santos – SC 04205 JP