A frota de carros que circula pelo país está em quase 35 milhões. Os dados do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) assustam e apontam a necessidade de medidas e de uma reflexão sobre o uso intensivo do automóvel nas cidades. Pensando nisso, uma campanha que começou na França e se espalhou pelo mundo comemora um Dia sem o uso do Carro.
A data celebrada no dia 22 de setembro visa uma reflexão sobre os efeitos da emissão de poluentes, a perda da qualidade de vida, a redução de áreas verdes e de convivência para a construção de novas vias de tráfego entre outros temas. O dia foi definido como data oficial do evento que é realizado de maneira integrada no continente Europeu, que atualmente integra a Semana Européia da mobilidade. No Brasil, a campanha é realizada pelas prefeituras, que buscam apresentar alternativas sustentáveis aos cidadãos e explicar os desafios que as cidades estão enfrentando.
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) orienta aos Municípios que pretendem aderir ao movimento que definam uma área municipal, ou via, "um local onde as pessoas possam resgatar a rua como local de convívio social, favorecendo assim o deslocamento a pé e de bicicletas", explica o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.
A população também pode ser incentivada a deixar seus carros em casa e procurarem formas sustentáveis de se deslocar. Para isso, é necessário que o Município garanta transporte público de qualidade para que a população se sinta estimulada. A utilização da mídia local também auxiliará a difundir as formas de mobilidade sustentável.
Mauro Artur Schlieck/Pref Joinville (SC)As bicicletas tomam conta
Os ciclistas aproveitam a data para circular livremente em vários Municípios. A bicicleta está ganhando cada vez mais adeptos no perímetro urbano das cidades. Por serem veículos leves, que não poluem o meio ambiente e ainda contribuem para uma vida saudável.
Mas a CNM lembra que mesmo usando a bicicleta é preciso pensar na segurança. O artigo 105 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) define como equipamentos obrigatórios das bicicletas: campaínha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais e espelho retrovisor do lado esquerdo. O capacete não está especificado no Código, mas as autoridades de trânsito recomendam que os usuários utilizem para sua própria proteção.
Fonte: Agência CNM
