Detalhes do enfrentamento ao crack ainda são desconhecidos


A presidente da República, Dilma Rousseff, disse nesta quarta-feira, 10 de janeiro, que o consumo de crack é um problema complexo e grave, mas o País tem condições de enfrentar a ameaça representada pelas drogas. A declaração foi feita um mês após a divulgação do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas. No entanto, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) lembra que nenhuma ação foi efetivamente realizada desde que foi apresentado – dia 7 de dezembro de 2011.

Por acompanhar o tema de perto, e registrar a realidade vivenciada nos Municípios brasileiros, a CNM lamenta que nem a íntegra do Plano foi disponibilizada ao público. Além disso, a entidade menciona que as únicas informações sobre a política pública nacional de enfrentamento as drogas no Brasil é um resumo pequeno e não detalhado do que seriam as ações.

A CNM apresentou no final de 2011 um novo estudo sobre a presença do crack e outras drogas nos Municípios brasileiros, com enfoque para os principais problemas enfrentados. Neste aspecto, durante as atividades desenvolvidas, a entidade constatou a dificuldade encontrada pelas autoridades para tratar do assunto. Como em São Paulo, por exemplo, que o poder público tenta solucionar a problemática da chamada cracolândia.

De acordo com o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, a entidade se preocupa com a dimensão do problema principalmente nos Municípios de pequeno porte. Ele esclarece que a situação fica ainda mais complexa porque os recursos financeiros para desenvolver a rede de assistência aos usuários de drogas não contemplam os pequenos, pois está vinculado ao tamanho da população.

Em relação ao Plano, o movimento municipalista espera que em breve ele seja executado, para que realmente as ações estejam em pleno funcionamento nos Estados e Municípios até 2014, que é o prazo previsto no Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas.

Fonte: CNM