A Mobilização Municipalista Nacional pelos Royalties iniciada nesta terça-feira, 4 de outubro, segue até esta quarta, no Senado Federal. O presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, lidera o movimento. Neste primeiro dia de mobilização, Ziulkoski esteve reunido com o presidente do Senado, senador José Sarney (PMDB/AP), com o presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT/RS), e com todos os líderes partidários de ambas as Casas. Na reunião, Sarney anunciou que a votação do Projeto de Lei do Senado (PLS) 448/2011 será adiada. De acordo com o senador, foi proposto e aprovado um acordo para votação no dia 19 de outubro pelo Senado e, posteriormente, o encaminhamento da matéria para apreciação imediata pelo plenário da Câmara. Caso não se defina nada, o veto do ex-presidente Lula para os royalties será votado no dia 26 de outubro, pelo Congresso.
Nesta terça-feira, a mobilização reuniu quase 100 prefeitos no Plenário 7, na Ala Senador Alexandre Costa. O segundo dia de movimento será no auditório Petrônio Portela, também no Senado Federal. A CNM recepcionará centenas de prefeitos para o encontro, que trará à mesa, além de Ziulkoski e de líderes de entidades estaduais, os senadores Wellington Dias (PT/PI) e Vital Rêgo (PMDB/PB), respectivamente, autor e relator da proposta.
"Nós já ganhamos esta parada. A votação, tanto da regulamentação da Emenda Constitucional 29, como a dos royalties, é uma questão de tempo. Temos que ter paciência", afirma, otimista e confiante, o presidente da CNM. "Quem acha que se mobilizar e não ter resultado imediato é frustrante, é porque não tem paciência para ver os resultados", avisa.
Ziulkoski demonstrou muita confiança na proposta do senador Wellington Dias, elaborada em parceria com a Confederação. "A proposta será votada. É um fato. É uma questão de tempo", afirma. E completa: "A presidente Dilma [Rousseff] mostrou a sua posição. Está se mantendo leal ao que disse aos prefeitos durante a XIV Marcha em maio. Vai haver um acordo, e os Municípios não vão sair no prejuízo", conclui.