Contra a possibilidade de instalação de uma agência macrorregional das Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) em Tubarão, o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, coordenou na manhã desta sexta-feira (15), no Paço Municipal Marcos Rovaris, uma reunião com autoridades políticas, representantes empresariais, presidentes de cooperativas de distribuição de energia elétrica, entre outras lideranças de municípios da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec) e Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense (Amesc). Os participantes do encontro discutiram o assunto e viabilizaram um documento discordando da medida articulada pelo Governo do Estado de Santa Catarina. O documento deve ser entregue à equipe administrativa da Celesc na manhã de segunda-feira (18), na sede da companhia, em Florianópolis.
“Nós somos contra a instalação da agência macrorregional Sul da Celesc em Tubarão. Por que a agência não pode ser instalada em Criciúma? A arrecadação da regional de Criciúma é de R$ 700 milhões. A agência de Tubarão arrecada muito menos. Não nos apresentaram uma justificativa plausível e razões técnicas para essa possível medida da Celesc, que tira o poder de decisão dos municípios e gera uma dificuldade geográfica. A região Sul e todas as cidades da Amrec e Amesc atendidas pela Celesc serão prejudicadas se ficarem subordinadas a Tubarão”, comenta Salvaro. “Estamos aguardando um posicionamento do Governo do Estado para agendarmos e discutirmos o assunto em reunião com o governador Carlos Moisés. Caso não seja possível agendar uma audiência com o governador, uma comitiva estará em frente à sede da Celesc na manhã de segunda-feira para entregar o documento que foi construído por várias mãos”, complementa.
Para explicar o posicionamento de lideranças da Amrec e Amesc, Salvaro se reuniu na tarde desta segunda-feira, em Tubarão, com o prefeito e presidente da Federação Catarinense de Municípios (Fecam), Joares Ponticelli. “Não há nada contra a cidade de Tubarão. Eu, em particular, tenho um carinho especial pelos tubaronenses. Mas, a decisão da Celesc de instalar uma agência macrorregional em Tubarão, e não em Criciúma, deve ser tomada levando em consideração critérios técnicos, faturamento, área de abrangência, entre outros pontos específicos. Os moradores de municípios da Amrec e Amesc não podem ser prejudicados por essa possível decisão que, até agora, não foi discutida com os prefeitos. Estamos decididos que a macrorregional da Celesc tem que ser instalada em Criciúma”, destaca Salvaro.
O encontro no Paço Municipal Marcos Rovaris foi prestigiado pelo vice-prefeito de Criciúma, Ricardo Fabris, deputados estaduais Luiz Fernando Vampiro, José Milton Scheffer e Rodrigo Minotto, prefeito de Siderópolis e presidente da Amrec, Helio Cesa, prefeito de Maracajá e presidente da Amesc, Arlindo Rocha, prefeito de Forquilhinha, Dimas Kammer, prefeito de Içara, Murialdo Gastaldon, prefeito de Treviso, Jaimir Comin, prefeito de Balneário Rincão, Jairo Custódio, vice-prefeito de Morro da Fumaça, Eduardo Sartor Guollo, vice-prefeito de Forquilhinha, Félix Hobold, secretário executivo da Amrec, Acélio Casagrande, vereadores de Criciúma e Içara, presidente da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), Moacir Dagostin, representantes de cooperativas de distribuição de energia elétrica, entre outras lideranças.