Prefeitos das três regiões do sul do Estado de Santa Catarina (AMREC, AMESC e Amurel) participaram, nesta tarde de quinta-feira, da audiência pública organizada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para apresentar a proposta de projeto para instalação de pedágios no trecho Sul da BR-101. Autoridades, empresários e comunidade estiveram presentes no Sisos Hall, em Criciúma, para o segundo encontro para debater o tema, já que a primeiro foi realizado, na quarta-feira (17/10), em Florianópolis.
Segundo a ANTT estão previstas praças de pedágio em Laguna, Tubarão, Araranguá e São João do Sul, com investimento previsto de R$ 2,9 milhões, o custo operacional de R$ 3,6 bilhões. A concessão é de 30 anos, e ainda segundo o órgão a BR-101 necessitará de adequações de acessos com vias marginais, já que foram identificados diversos pontos críticos no trecho Sul. As tarifas máximas apresentadas são de R$ 3,97, segundo estudo realizado em 2016, mas com índices de reajustes aplicados poderá chegar a R$ 4,20.
O superintendente de exploração da estrutura rodoviária da ANTT, Fábio Freitas, disse que o encontro é para ouvir a sociedade, e fazer os ajustes ao projeto. “Todos nós não queríamos ter que pagar pedágio, só que é uma conta que hoje matematicamente não é possível fechar com o recurso público”, complementou.
Após a apresentação, foi aberto para as manifestações. O presidente da AMREC e prefeito de Siderópolis, Hélio Roberto Cesa, o Alemão, disse que por meio da associação de municípios, devem contratar uma consultoria para uma análise dos cursos e dos investimentos. “Está faltando transparência. Não foi falado qual é a receita total que vai custar para a sociedade ao longo desses 30 anos. Conversei com os prefeitos da AMREC para que tenhamos uma consultoria que representará os prefeitos e fará a análise desses números que foram repassados”, afirmou aos presentes.
O prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, também se manifestou lembrando que o sul de Santa Catarina foi prejudicado com a demora na finalização das obras da rodovia federal. Ele ainda cobrou a falta de esclarecimento quanto ao dinheiro das multas e data de inauguração do Anel de Contorno Viário de Florianópolis.
Durante as manifestações foram questionados o número de praças, já que na região norte são duas, enquanto na região sul, está previsto mais quatro, somando cinco com a instalada em palhoça. Os técnicos justificaram, dizendo que caso seja suprimido uma praça, por exemplo, os preços dos demais pontos será maior, já que o valor é proporcional ao trecho.
A terceira reunião sobre o assunto será realizada em Brasília, na próxima segunda-feira, dia 22.