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A agricultura familiar é o motor do agronegócio catarinense, diz secretário adjunto em debate na Agroponte 2018

Um olhar atento e próximo à gestão da propriedade rural e a busca de conhecimento técnico por parte do produtor. Esses foram alguns recados deixados pelo engenheiro agrônomo Athos de Almeida Lopes Filho, secretário adjunto da agricultura do Estado e palestrante desta sexta-feira (17) em evento que integrou a programação da Feira Agroponte 2018. O debate promovido pelo Sicredi, em parceria com a Epagri, Governo do Estado, prefeituras da região da AMREC e a Nossa Casa Feiras e Eventos, reuniu mais de 100 produtores rurais e lideranças da agricultura regional no Auditório da Associação dos Municípios da Região Carbonífera – a AMREC, em Criciúma.

Na abertura do encontro, o presidente da AMREC e prefeito de Siderópolis, Helio Roberto Cesa, o Alemão, disse que o debate sobre o tema enriquece o setor, é que é o conjunto de ações somas de governo em governo que dá resultado. Com ações feitas em médio e longo prazo, que proporcionam ações de desenvolvimento. O prefeito deu exemplos de programas aplicados em Siderópolis, como “porteira a dentro”, exaltando a importância da agricultura familiar na região da AMREC.

O gerente do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri, Reney Dorow, apresentou o que cada setor representa para a agricultura catarinense. “O frango para abate, seguido pelos suínos, leite, soja e fumo, são as diversidades com maior valor bruto produzido no ano passado no estado”, descreveu o agrônomo. Segundo ele, em muitas dessas variedades a região sul não tem uma produção expressiva, mas se destaca pela qualidade. “Outro potencial, principalmente da região carbonífera, está na agroindústria. Ao todo são 86 empreendimentos neste setor, muitos deles vendendo apenas dentro do seu município e com excelentes oportunidades fora”, acrescentou Dorow.

Em seguida, ao traçar um panorama da agricultura familiar no estado, o secretário adjunto Athos destacou que o motor do agronegócio catarinense está nesse segmento. “São as pequenas propriedades, com baixa escala de produção, mão de obra e gestão familiar, que ajudam fortemente a tornar Santa Catarina o quinto estado em produção nacional de alimentos”, disse.

O secretário também citou o potencial regional no turismo rural e elencou o cooperativismo como um dos melhores modelos econômicos de trabalho. Informação reforçada por Aloísio Westrup, presidente da Sicredi Sul SC, cooperativa promotora do evento. “Um dos grandes ganhos do modelo cooperativista é que ele vai além da sua atividade fim. Nós, por exemplo, fazemos mais do que apenas conceder crédito e consultoria financeira nas nossas 14 agências, queremos oportunizar o conhecimento ao produtor associado, uma das razões que nos levaram a fazer esse encontro”, finalizou Westrup.