A Lagoa da Urussanga Velha, que possui uma área de 206 hectares, teve seu estudo técnico apresentado na noite desta quinta-feira, 5, no Iate Clube da Vila Suíça, no Balneário Rincão. No ano passado, um grupo de onze investidores bancou o estudo realizado pela Unesc Iparque/Ipat, a fim de analisar quais as possibilidades de desassoreamento da área, e qual poderia ser o destino ambientalmente viável para o material a ser retirado.
Segundo o resultado do estudo, dragar o sedimento de fundo e melhorar a circulação da água seria uma possibilidade de contribuir para a melhoria da água deste ecossitema, tornando-o um atrativo turistico e econômico para o município. O principal problema do sedimento é a concentração de sais, que limita a utilização na cerâmica ou na agricultura. Com esse material é possivel desenvover blocos maciços para a utilização em pavimentações externas.
“No Rincao não temos muita tradição náutica, então temos que buscar parceiros. Temos 13,6 km de orla, sete lagoas, estamos contruindo esse sonho junto ao Projeto Orla e Plano Diretor. A partir daí, teremos a regulamentação necessária para saber o que fazer com esse material, e prospectar investimentos na área”, explica o prefeito Décio Góes.
Os parceiros financiadores do trabalho, que custou R$ 80 mil, são o Condomínio Acquavitta, Alianda, Construtora Giassi, Eliane, Esmalglass, Itaca, Henrique Dauro Martignago, Icon, Multiceram, Siesc e Tecnargilas. “A lagoa está dormente, sem vida. Vimos ali a possibilidade de retirar aquele material para que ela tenha a profundidade necessária e volte a interagir com o mar, esse é o nosso primeiro objetivo”, explicou Roberto Bastos, da empresa Eliane.
Atualmente, a lâmina d’água da lagoa varia de 0,70 a 1 metro, o que inviabiliza a recuperação e manutenção da vida aquática. Um dos objetivos de desassorear a área é voltar a torná-la um ambiente saudável, retomando a ligação com o mar e também com o Rio Urussanga.