Uma reunião promovida na manhã deste sábado (30) definiu algumas ações preventivas contra a Gripe A (H1N1), em Criciúma. A Secretaria do Sistema de Saúde, por meio do Governo do Município vai colocar a unidade básica de saúde do Centro, localizada em frente ao Hospital São José, como núcleo de apoio ao à instituição, que tem nos últimos dias atendido com a estrutura no limite.
Diante de um registro de 12 casos suspeitos, 19 confirmados e uma morte causada pelo vírus da Gripe A, a situação está sob controle, conforme a Vigilância de Saúde do Município. Desta forma, não haverá a implantação de um hospital de campanha inicialmente, para que não seja criada uma situação de pânico na cidade sem necessidade, na avaliação dos profissionais da área.
A ideia de adotar o centro de apoio como medida é fazer com que as pessoas tenham consciência de que elas podem receber atendimento em qualquer unidade de saúde, os tradicionais postos dos bairros. De acordo com a secretária municipal de Saúde, Francielle Lazzarin de Freitas Gava, os pacientes só serão encaminhados ao pronto socorro nos casos em que haja necessidade de atendimento hospitalar.
Para suprir a demanda, a secretaria vai remanejar profissionais e ampliar o horário de atendimento na unidade central, que inicialmente será das 12h às 22h diariamente. Fora deste horário, os pacientes podem buscar atendimento nas unidades 24 horas dos bairros Próspera, Boa Vista e na Policlínica do Rio Maina.
O médico infectologista do hospital São José, Raphael Elias Farias, afirmou que os casos de síndrome gripal, nos últimos dias têm reduzido. Segundo ele, esta unidade de suporte será fundamental em função do crescimento da demanda e da estrutura do hospital estar no limite.
O médico Renato Matos, do hospital São João Batista, comentou que não há motivo para pânico. "Um caso de morte não é o suficiente para nos envergonharmos nem para deixarmos se criar uma situação de pânico. Isso ocorre naturalmente todos os anos", pontuou.
Os pedidos de compra e distribuição de vacinas para a população foram lembrados pela secretária. Ela explicou que nestes casos a aquisição e distribuição das mesmas são determinadas pelo Ministério da Saúde e pelo Governo do Estado. Mas, até o momento, não vieram recursos nem há previsão para que isso ocorra. "Nós tomamos medidas que surtiram bons resultados. Já vacinadas as pessoas dos grupos de risco e o nosso índice é baixo. Vamos continuar com ações preventivas", disse a secretária.
Entre as orientações estão dicas como abrir as janelas em transportes coletivos, andar bem agasalhados, evitar locais como cinema e sempre ter em mãos lenços descartáveis.
Mais informações:
Francielle Gava/ 91117906
Texto: Kênia Pacheco
Fotos: João Pedro Alves
Diretoria Executiva de Comunicação
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