Entre os onze municípios que compõe a Região Carbonífera, Lauro Müller mais uma vez foi destaque no índice Firjan, desta vez de Gestão Fiscal. Esta é uma nova ferramenta de accountability que tem como objetivo estimular a cultura da responsabilidade administrativa, por meio de indicadores que possibilitem o aperfeiçoamento das decisões quanto à alocação dos recursos públicos, bem como maior controle social da gestão fiscal dos municípios.
O Índice Firjan de Gestão Fiscal é composto por cinco indicadores: Receita Própria, Pessoal, Investimentos, Liquidez e Custo da Dívida. O indicador tem como base de dados as estatísticas oficiais disponibilizadas anualmente pela Secretaria do Tesouro Nacional.
O município de Lauro Müller se destacou, ao lado de Forquilhinha, no índice relativo a "Investimentos", onde obteve o conceito "A", considerado como "Gestão de Excelência". O IFGF Investimentos, indicador que acompanha o total de investimentos em relação à receita corrente líquida, confirmou que, em um ambiente de elevadas despesas correntes, tem sobrado pouco espaço para os investimentos capazes de promover o bem-estar da população. O estudo constatou que metade dos municípios foi avaliada com conceito C e D. Essas prefeituras aplicaram, em média, 7% da receita em investimentos, percentual equivalente a 1/3 do investido pelas que foram avaliadas com conceito A e B, caso de Lauro Müller.
Já no índice geral, o município lauromullense está na 6ª posição, conceito "B", que classifica o Município como "Boa Gestão", ficando a frente de Orleans, Morro da Fumaça, Urussanga, Treviso e Cocal do Sul.
Em "Receita Própria" Lauro Müller obteve conceito "D",
Por outro lado, o índice relativo à "Receita Própria", o município de Lauro Müller apresentou conceito "D". Este indicador mede o total de receitas geradas pelo município em relação ao total da receita corrente líquida.
A posição do município de Lauro Müller com relação a "Receita Própria" não é diferente da grande maioria dos municípios brasileiros que apontam grande dependência nas transferências de recursos das outras esferas de governo. A maioria absoluta dos municípios (83%) foi avaliada com conceito "D" em 2010. Isso significa que 4.372 prefeituras geraram menos de 20% de sua receita, sendo os demais recursos transferidos por estados e União. Apenas 119 prefeituras (2,3%) obtiveram conceito A e 212 (4%), conceito B no IFGF – Receita Própria.