Descarte indevido de lixo causa problemas
Equipes de limpeza da prefeitura de Criciúma têm enfrentado dificuldades para manter limpas ruas e avenidas do município. Margens das estradas têm se tornado ponto comum para depósito de lixo. Uma prática que, além de tirar a beleza da cidade, também representa risco para a população, em especial quando chove. "O lixo é carregado pela água e entope os drenos gerando alagamentos", explica o fiscal da Fundação Municipal do Meio Ambiente de Criciúma (Famcri), Valmir Gomes. Ele destaca que muitos desobedecem à autoridade municipal e continuam descartando indevidamente seu lixo. "Tem terrenos que nós fazemos a limpeza, colocamos a placa dizendo que é proibido, e mesmo assim continuam jogando lixo", informa.
Segundo ele, os pontos mais Críticos na cidade estão nos bairros, Pinheirinho, Operária Nova, Santa Luzia, Naspolini, Vante Rovaris, Renascer e Recanto Verdes. "No Renascer já realizamos a limpeza, nos trilhos mais de 15 vezes e o problema continua", ressalta. Gomes ainda informa que a conscientização e a denúncia são formas de evitar esses descartes. "Hoje, na avenida Imigrante Poloneses havia um carro jogando lixo um homem pegou a placa me procurou, ao chegarmos no local ele havia retirado seu lixo e partido", destaca.
A avenida é um exemplo da falta de respeito. "Já realizamos uma limpeza, colocamos a placa e continuam jogando monitores, peças de carro, roupas, móveis, entre outros". O fiscal alerta para que se alguém observar uma pessoa jogando lixo nas matas, terrenos baldios ou em locais proibidos deve, imediatamente, entrar em contato com o fiscal pelo número 9954.9289. "Precisamos da ajuda de toda a população para fiscalizar, até porque quem mais perde com isso são os munícipes", finaliza.
O presidente da Famcri, Julio Colombo, ressalta que apesar dos esforços do Município e da Fundação realizando a limpeza, vez ou outra, de alguns pontos de descarte, esse tipo de prática é freqüente e ilegal. "A multa para esse crime varia de R$ 500 a R$ 50 mil reais dependendo do tipo de resíduo descartado", ressalta. Colombo ainda informa que quem não souber como dar destinação correta ao seu lixo deve entrar em contato com a Famcri pelo 3431.0030 para esclarecimento. Na próxima segunda-feira, a Famcri inicia o trabalho de limpeza da estrada que dá acesso a nova mina de visitação. "Lá existem pelo menos mil pneus jogados", lembra
Do lixo à arte
Por outro lado é comum nas escolas da rede municipal de ensino o uso de materiais reciclados na produção de obras artísticas. "Nosso grupo de professores da educação artística trabalham freqüentemente com esse tipo de material buscando levar conscientização para os alunos", informa a coordenadora da educação artística na secretaria do sistema da Educação, Barbara Milioli.
Ela ressalta que assim as crianças aprendem a dar uma destinação e a reutilizar o lixo. "Dessa forma eles podem transformar plástico, madeira, papel, e outros utensílios que irão para o lixo em brinquedo", ressalta. Um exemplo desse trabalho foram as peças produzidas em sala pelos alunos do 6º e 7º anos da E.M.E.I.E.F. Marcílio Dias San Thiago, no bairro Vila Manaus. "Utilizamos caixas de papelão, tubos de cola vazios, bonecas velhas, plástico, entre outros materiais", explica a professora de Artes e idealizadora do projeto, Adriana Althof.
Adriana, primeiramente, fez com que seus alunos produzissem poemas e após fizessem uma releitura tridimensional. "Esse projeto surgiu da formação continuada dos professores e trabalhei um mês com, aproximadamente, 200 alunos", destaca. Outras escolas como a E.M.E.I.E.F. Dionízio Milioli, no bairro Ana Maria E.M.E.I.E.F. Pe. Ludovico Coccolo, no São Luiz, entre outras, também realizam trabalhos nesse sentido.
Mais informações:
Diretoria Executiva de Comunicação: 3431.0027 ou 9162.8993
Texto e fotos: Lucas Colombo