Os prefeitos da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec) se reuniram nesta quinta-feira, 08, para debater a viabilização da Casa de Saúde do Rio Maina. O encontro ocorreu na sede da entidade, em Criciúma, e contou com as presenças do proprietário da instituição, médico Cirilo de Castro Farias, do contador, Sidinei José Zanellato e do psiquiatra da clínica, João Dutra. Eles solicitaram espaço ao presidente da Amrec, prefeito de Forquilhinha, Lei Alexandre, para expor a situação do local que oferece atendimento psiquiátrico para as regiões da Amrec, Amesc, Amurel e Serrana.
Dutra explicou que a casa de saúde é um hospital privado que disponibiliza 90% do atendimento ao SUS, sendo o único psiquiátrico entre Florianópolis e Porto Alegre. Para o médico Cirilo de Castro Farias, a região não tem nenhuma estrutura se a casa de saúde fechar. "O hospital será fechado pela asfixia financeira e os pacientes não terão como ser atendidos. Temos um prejuízo de 60 mil reais por mês que só aumenta. Nossa ultima diária é de outubro de 2009, gira em torno de 43 reais, e está há quatro anos sem correção", esclareceu. Segundo o proprietário, pelo faturamento, a casa já teria fechado. "Sempre vai haver pacientes crônicos para hospital psiquiátrico, o atendimento não pode ser só assistencial. O Estado vai repassar 58 mil por mês até dezembro, mas depois não sabemos como vai ficar", relatou.
Conforme o presidente da Amrec, os proprietários da casa não desejam fechá-la, no entanto, precisam de condições financeiras para mantê-la em funcionamento. "Hoje, são 189 pacientes internados. E para onde vão após o fechamento?", questionou, acrescentando que será agendada para os próximos dias, nova reunião acerca do assunto. "Vamos convidar lideranças e secretários de saúde da Amrec para discutir meios que possibilitem que a casa continue funcionando", completou. O presidente ainda observou que é necessário postergar a questão da casa de saúde para debater mais a proposta de implantação dos CAP'S nos municípios. "Acredito que é possível estender um pouco mais os prazos e viabilizar recursos para manter aberto o local", concluiu.
Seguindo a pauta da reunião, os prefeitos trataram sobre o movimento financeiro da Amrec, a realização de treinamento acerca do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (SIOPS) e de uma capacitação em geoprocessamento, direcionada aos técnicos das prefeituras da Região Carbonífera. O desassoreamento do Rio Urussanga também foi abordado no encontro por solicitação do prefeito Décio Góes. Ele sugeriu que a Amrec trabalhe em conjunto para que seja dado encaminhamento ao projeto. Ficou definido entre os gestores que Góes vai preparar, junto com o prefeito de Urussanga, Johnny Felipe, documento destinado à bancada Federal em Brasília, solicitando apoio do Governo para a finalidade.
Além do presidente da Amrec e dos representantes da casa de saúde, participaram da reunião os prefeitos de Balneário Rincão, Décio Góes; Cocal do Sul, Ademir Magagnin; Içara, Murialdo Gastaldon; Morro da Fumaça, Agnaldo David Maccari; Nova Veneza, Evandro Gava; Orleans, Marco Antonio Bertoncini Cascaes; Siderópolis, Hélio Cesa; Treviso, João Réus Rossi; a secretária de saúde de Urussanga, Mariângela Dal Bó Lapolli – representando o prefeito Johnny Felipe; o vice-prefeito de Criciúma, Verceli Coral; o vereador Vanderlei José Zilli; o gerente do Cisamrec, Luiz Antonio Fabro e os assessores Contábil e Financeiro da Amrec, Jacimar Torres e José Roberto Madeira.
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