Defesa Civil registra 75 municípios em situação de emergência por estiagem

A cada dia cresce o número de municípios em situação de emergência atingidos pela seca em Santa Catarina. Desde dezembro, quando informado o primeiro decreto, do município de Coronel Freitas, em 19 de dezembro, a Secretaria de Estado da Defesa Civil, em parceria com outras secretarias setoriais, trabalha nas ações de enfrentamento da estiagem. Até o momento, a Defesa Civil registra 75 municípios do Extremo-Oeste e do Oeste com decretos por estiagem.

De acordo com o secretário de Estado da Defesa Civil, Geraldo Althoff, as ações dentro da pasta estão focadas, principalmente, no atendimento das populações afetadas pela falta de água para consumo humano. "A equipe técnica diariamente monitora os impactados e busca soluções emergenciais para atendê-las. Estamos realizando um trabalho articulado, tanto dentro do Governo Estadual, como regional e Federal, no enfrentamento da estiagem", ressaltou.

A Defesa Civil recebeu 53 documentos que trazem a Avaliação de Danos (Avadans) na agricultura e pecuária catarinense. Conforme os Avadans, o prejuízo nas culturas é de R$ 371 milhões. São R$ 342 milhões na agricultura e R$ 29,2 milhões na pecuária. Os documentos apontam, ainda, que são 458.777 afetados no total. Na agricultura, os três municípios com maiores prejuízos são: Nova Itaberaba (R$ 54,8 milhões); Campo Erê (R$ 42,2 milhões), e Iraceminha com R$ 17,2 milhões. E na pecuária, Saudades registra prejuízos de R$ 4,1 milhões, Iraceminha R$ 4,5 milhões e Quilombo de R$ 2,2 milhões. Há municípios que decretaram situação de emergência, mas que ainda estão realizando os levantamentos, como é o caso de Chapecó e Seara.

Acompanhamento in loco – Na próxima segunda-feira (16), uma equipe técnica da Secretaria de Estado da Defesa Civil se desloca para acompanhar de perto a situação de estiagem no Oeste catarinense. Desta forma, a Defesa Civil Estadual pretende dar agilidade as demandas das principais necessidades das defesas civis municipais no atendimento das pessoas atingidas.

Kit emergencial- Segundo as informações preliminares repassadas pelas secretarias setoriais, os levantamentos assinalam que o principal problema na região ainda não é a falta crítica de mananciais de água, e sim de estrutura para a sua distribuição, principalmente nas áreas rurais. Portanto, a Defesa Civil Estadual trabalha no kit para atendimento emergencial em estiagem, que transforma qualquer tipo de caminhão em um carro-pipa para transporte de água à população afetada. O caminhão utilizado pode ser da própria prefeitura, que será equipado com duas motobombas; dois conjuntos de mangueiras para sucção (7 metros) e distribuição (10 metros); oito cintas de fixação; quatro tanques em polietileno com capacidade para 5 mil litros cada um.

Dessa forma, o município poderá transformar seus caminhões em veículos de transporte de água potável. "A vantagem desse kit é que o investimento fica no município ou região para atuações semelhantes". Segundo o diretor de resposta aos desastres da Defesa Civil Estadual, major Aldo Baptista Neto, o investimento é de R$ 6,6 mil por kit, ao contrário do aluguel dos trabalhos do caminhão tanque, que tem um investimento aproximado de R$ 30 mil por período.

Fonte:
Fabiane Pickusch Costa
Secretaria de Estado da Defesa Civil
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