Há dois meses, os alunos da rede municipal de Cocal do Sul que foram diagnosticados com intolerância à lactose (dificuldade em assimilar o açúcar do leite), estão recebendo atenção especial. As escolas recebem um cardápio diferenciado, com bebida de soja e leite de baixa lactose. De acordo com a nutricionista, Ana Paula Canuto De Luca a implantação do cardápio começou em apenas uma escola, onde havia três casos da intolerância. "A partir de agora o trabalho se estende em todas as instituições de ensino da rede. As merendeiras já foram orientadas e fazem um bolo diferenciado para as crianças com esse diagnostico. O mesmo acontece com todo o lanche que vai leite. Elas preparam o achocolatado, o café com leite e as mamadeiras (nas creches) com o leite especial", relata.
Ana Paula explica ainda que esse problema é muito comum nos dias de hoje. "A pessoa "intolerante" não consegue digerir produtos lácteos (leite e seus derivados), pois não produz a enzima lactase ou produz em quantidade insuficiente para realizar a digestão da lactose. A maioria das pessoas têm uma perda progressiva da capacidade de absorção da lactose que se inicia após os primeiros anos de vida. Os sintomas mais comuns são a diarréia (ou à vezes constipação), distensão abdominal, gases, náusea e sintomas de má digestão", explica. A severidade dos sintomas dependerá da quantidade de lactose ingerida assim como da quantidade de lactose que seu organismo tolera. Não existe cura para a intolerância à lactose, mas é possível tratar os sintomas limitando, ou em alguns casos, evitando produtos com leite ou derivados.
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